Autor do projeto de lei que disciplina os ‘paredões’ de som em Petrolina, o vereador José Batista da Gama (PDT) reagiu mal ao comentário feito pela promotora do Meio Ambiente, Ana Rúbia Torres, acerca da polêmica, e devolveu as críticas da represente do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Ana Rúbia declarou recentemente à imprensa que a Casa Plínio “está na contramão da história” ao aprovar o projeto dos ‘paredões’, na semana passada. O vereador não gostou e deu o troco.
Em sua fala ontem (31/03) na sessão plenária, Zé Batista soltou o verbo. Ele disse que a Casa não pode ser desrespeitada, como acredita que fez a promotora. “Não podemos receber porrada de promotor, promotora, juiz, ou quem quer que seja. Ou vamos baixar a cabeça? Será que não somos outorgados para defender o povo? Somos um poder e, como tal, devemos ser respeitados. Temos de conviver harmoniosamente, nos respeitando, e não faltando com respeito. Ela (Ana Rúbia) está querendo se aparecer demais”, declarou o vereador.
Zé Batista voltou a ressaltar que seu projeto serve apenas para regulamentar os ‘paredões’, atribuindo à Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA) o papel de fiscalizar os equipamentos, inclusive autorizando a licença para a realização de campeonatos. Lembrou que os paredões ficam proibidos de funcionar em vias públicas, praças e logradouros da cidade. Caso a determinação seja desobedecida, os donos dos paredões serão multados. O vereador revelou ainda ter recebido elogios de um magistrado, parabenizando-o pelo projeto. E garantiu que se Ana Rúbia acionar o Ministério da Justiça sob a alegação de que o projeto é inconstitucional, ele entrará com uma medida junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Ela não é dona da verdade absoluta”, alfinetou.
Solidariedade
Em solidariedade a Zé Batista, Betão enalteceu o projeto, chegando a dizer que não houve a devida compreensão do assunto por parte da população. O vereador reconheceu, inclusive, que o projeto poderia ter sido mais bem esclarecido pela Casa, mas disse não ter dúvidas sobre seus benefícios para a sociedade.
Betão afirmou ainda que as reclamações de moradores referentes aos paredões estão por toda parte de Petrolina justamente porque não há uma fiscalização dessa prática, o que acontecerá a partir do projeto. Ao mesmo tempo, o vereador ponderou que existe um segmento de público que curte os paredões, a exemplo dos mais jovens, além das casas automotivas que comercializam os equipamentos. “Isso também gera emprego e renda para nossa cidade”, destacou. Sobre as declarações de Ana Rúbia, Betão disse que apesar de se considerar um “fã” do trabalho da promotora, sentiu-se ofendido com as críticas ao projeto.
Fonte Carlos Britto
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